quarta-feira, 12 de maio de 2010

O buraco é mesmo mais embaixo

‘Tô’ começando a pensar que nossos tataravós tinham razão, se falaram mesmo que haveria tempo de perdição total.
Como se não bastasse essa ‘merda’ toda de crianças serem abandonadas pelos pais, agora ‘tá’ tornando-se banal, a troca de bebês, nas maternidades. Por todo o Brasil, não há uma semana que não se tenha notícia dessas trocas irresponsáveis. Será que a diversidade que temos é pouca à próxima geração?...
Do jeito que a coisa ‘tá’ descambando, daqui a pouco, as famílias, que já não se unem, nem se reúnem mais, não terão nem justificativas mesmo, pra continuarem sendo famílias. Até há pouco tempo, ainda se ouvia falar “sangue do meu sangue”, “família a gente suporta”. Daqui a pouco, se continuarem as trocas de bebês, todo mundo vai constatar que o buraco é mesmo mais embaixo – quando você pensa que chegou ao fundo, o fundo fica mais fundo ainda.
E ainda tem gente roubando bebês de maternidade – ou desconhece o triste fato de haver tanta criança abandonada por aí, por aqui, em qualquer lugar, ou ‘tá’ confundindo bebê com mercadoria. Uma adolescente (16 anos) roubou uma garotinha da maternidade, justificando que, há poucos meses, sofreu aborto espontâneo. Do jeito que a coisa ‘tá’ indo, gente, daqui a pouco, haverá justificativa pra tudo mesmo. As rédeas estão nas mãos da Justiça: ou segura com firmeza, seguindo as tantas leis do País, ou abre brecha, com condescendência, na interpretação das justificativas dos (ir)responsáveis pelos “delitos”.
Sabe o que acho pior, nessa ‘merda’ toda?... É o olhar complacente dos telespectadores, diante de uma notícia dessas. ‘Tá’ certo que o caso nem serve mais como manchete sensacionalista, em razão do número crescente de casos de bebês trocados, roubados em maternidades, por todo o Brasil. Quem assiste, comenta: “Mais um?”... e só.
Dia desses, surgiu mais um caso de troca de bebês em maternidade. A troca aconteceu há mais de um ano. Uma das mães ficou sem marido, por que o dito cujo desconfiou que o filho não era dele. Com a separação do casal, a mulher decidiu fazer exame de DNA do bebê, quando foi constatado que, além de o marido não ser o pai da criança, também ela não era a mãe. Imagine a confusão. A polícia entrou no meio - “maior barraco” -, pra depois as mães envolvidas destrocarem os filhotes, aos prantos, claro.
Achou pouco tudo isso?... Então, segura mais essa: Cuidado, se você costuma frequentar agência bancária, lugar comum, nesta época de cartões de débito e crédito. Dia desses, um cidadão foi ao Banco, pra retirar o primeiro saque da tão sonhada aposentadoria. Só que o pobre coitado usava marcapasso, e, obviamente, aquela (conhecida de todos) portinhola chata da agência o deixou plantado do lado de fora. O segurança se aproximou, o cidadão apresentou documento de usuário de marcapasso, e, pelo visto, não convenceu. Ambos discutiram. Final da história: Morte cerebral ao recém aposentado, que foi alvejado à queima-roupa pelo segurança, que justificou, na delegacia, que cometeu o crime, em “legítima defesa” (????).

Se nascer e permanecer na mesma família que concebeu o herdeiro ‘tá’ difícil, viver está mais ainda... Por isso, por precaução, o melhor mesmo é não fazer tantos planos de longo prazo, nem sonhar demais com aposentadoria...

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