sexta-feira, 17 de junho de 2011

Anotações de agenda

Um dia, ainda quero escrever que Um Certo Capitão Rodrigo tencionava assassinar uma certa Capitu, numa certa Casa dos Budas Ditosos, antes do Amanhecer. E quero escrever também que, entre Perdas e Ganhos, a Rosa do Povo virou Água Viva, quando Dona Flor e Seus Dois Maridos resolveram Comer, Rezar e Amar, pertinho da Cabana do Pai Tomás, há Cem Anos de Solidão. Foi ali que Robinson Crusoé fez o Retrato de Dorian Gray no Purgatório, com O Processo de O Desejo de Ensinar e a Arte de Aprender.
E quero escrever ainda mais. Quero escrever que o Alquimista saiu, pela Rua dos Cataventos, com o Quincas Berro D’água, e foram, juntos, aos Cânticos, beber em O Cortiço. Por lá, encontraram Iracema, que trazia a Mensagem dos Capitães de Areia, que queriam as Memórias de um Sargento de Milícias. Nas Mil e Uma Noites seguintes, Mais Pesado que o Céu, Orlando juntou-se a outras Línguas de Fogo, que, num Sopro de Vida, com a Lucidez Embriagada, explicavam Como John Lennon Pode Mudar Sua Vida. Enquanto Agonizo, Gabriela Cravo e Canela visita Paulo Francis, que gargalha com as Piadas e Pegadinhas do Louro José e da Ana Maria, Por Quem os Sinos Dobram.
Também, quero escrever que, com A Morte de Peter Pan, Quando Nietzsche Chorou, Susan e Eu encontramos Dom Quixote Em Busca do Tempo Perdido, entre Crime e Castigo do Doutor Fausto, que colecionava As Flores do Mal, para presenteá-las à Madame Bovary. A Comédia Humana era perfeita para Os Irmãos Karamazov, que, Esperando Godot, liam A Fantastica Historia de Silvio Santos, Para Uma Menina Com Uma Flor. Na Estrela Solitária: Um Brasileiro Chamado Garrincha caminhava nas Vinhas da Ira, enquanto Pais e Filhos de O Naufrágo tentavam domesticar O Lobo da Estepe. O Rinoceronte olhava, de soslaio, As Memorias de Adriano que os Seis Personagens em Busca de um Autor escreviam.
Quero continuar escrevendo. Escrever que, Antes do Baile Verde, o Furacão Elis chamou A Turma de Mônica, para avisar Pixinguinha que Rita Lee Mora ao Lado, por que Assim falou Zaratustra. Ana Terra foi a Budapeste, para falar com O Advogado do Diabo, que passeava com O Xangô de Baker Street, enquanto Alice no País das Maravilhas gritava: Quem Mexeu no Meu Queijo? Nara Leão, com A Insustentável Leveza do Ser, respondeu, ao lado de Chico Xavier, na Paulicéia Desvairada: Não Fui Eu! Ao Sul de Lugar Nenhum, O Menino Maluquinho lamentava Livro de Mágoas, por perder a Bola na Rede para O Pequeno Príncipe, distraído em Brincar de Viver com Justin Bieber.
E quero escrever, ainda, que Leila Diniz reescrevia Os Sermões, quando os protagonistas da Tropicalia ou Panis et Circencis davam O Beijo no Asfalto, obedecendo O Alienista, que regava as Vidas Secas do Memorial de Maria Moura. Perto do Coração Selvagem, num Bom Dia Para Nascer, Macunaíma chamava Maysa, Só Numa Multidão de Amores, para comer a Maçã no Escuro, antes que O Tempo e o Vento passassem. Depois que Dorival Caymmi levou O Mar e O Tempo, A Viúva do Sargento Getúlio reclamou: Nem Vem Que Não Tem, e pediu A Vida e o Veneno de Wilson Simonal, que estava envolvido no Caso das Rosas Amarelas e Medrosas, refugiadas na Tabacaria, com o Livro das Perguntas: Ou Isto Ou Aquilo.
Quero escrever que, na Boca do Inferno, Princesa Diana dava Milho Pra Galinha, Mariquinha, na companhia de Lady Gaga. O Dia em Que a Terra Parou foi quando Ariel embarcou em Um Bonde Chamado Desejo, e fez com que Canções da Inocência dessem A Volta ao Mundo em 80 Dias, na companhia de Freud Além da Alma, que dançava com Dercy Gonçalves, entre A Vida Secreta de Marilyn Monroe e A Biografia Definitiva de Bob Marley.

Ah, um dia, quero escrever tudo isso – e mais algumas coisinhas...

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