Eu soube, há pouco tempo, por uma pesquisa divulgada no País, que 20% da população brasileira está nascendo sem pai. Milagre?... Nada disso. Se alguma seita religiosa, ou igreja, afirmar que é “obra do senhor”, não acredite – nem na “obra”, muito menos no “senhor”, que, no final do 'espetáculo', passa sempre a “sacolinha do dízimo”.
É que o nome do pai já não aparece com tanta frequência, nos registros de nascimento. Obviamente, a pesquisa não inclui os brasileirinhos que não têm certidão de nascimento – sem pai, nem mãe, literalmente, ou, melhor, judicialmente. Diante disso, eu fico – ou vou – pensando: O que pode causar a ausência de reconhecimento paterno? Tanta coisa, tanta coisa – tanta coisa eu imagino, sozinha (imagine se eu imaginasse com mais gente imaginando).
Cá entre nós, sabemos que muitas adolescentes engravidam – e ainda são expulsas de casa pelos pais, ou obrigadas a casar, quando o 'adolescente pai' é de família conhecida (e com alguma grana, obviamente). Nossa! (tradução de “uau”, em filme norte-americano) Como repetimos a história dos tataravós de nossos bisavós!... A verdade é que essas “mães impetuosas” têm filhos sem pais, na maioria das vezes.
Não vou 'baixar' aqui o moralismo que eu condeno, na prática cotidiana da minha vidinha insignificante. Acho mesmo que o velho discurso de “moça de família” etc e tal envelheceu tanto, ficou “gagá”, e um dia morreu espirrando, ou engasgado com uma casquinha de pão francês (ou era noite?).
A instituição familiar começou a mudar (se bem lembro), quando surgiu o famoso e inesquecível “desquite”. Mulher desquitada era mal-vista, mal-falada – acabava mal mesmo, em tudo, por causa da discriminação. Nunca conheci um homem mal-falado. Você conhece algum?... Apresente-me. Com o tempo, a mulher desquitada passou a ser vista como “pobre vítima da natureza” (“Vingança maligna!” hehehehehehehehehe)
Ah, mas depois evoluímos – fomos parar no “divórcio”. Aí, a 'coisa' da separação de casais virou moda. Lembro que eu tinha colegas de aula que se vangloriavam, e mantinham uma empáfia especial (e inesquecível), para dizerem: “Meus pais são desquitados”. Mas, no olhar sarcástico, elas diziam mais: “Meus pais são desquitados; os teus, não”. “De cara”, eu nunca entendi como a separação dos pais podia ser razão de troféu de orgulho, ou medalhinha de vaidade, àquelas filhas. Como meus pais morreram sem desquite, ou divórcio, acabei por não saber o que orgulhava tanto aquelas garotas.
Mas - moda vem, moda vai - agora já nem se casa mais, pra separar depois. E o Brasil, como o resto do mundo, vai somando altos percentuais de filhos da mãe. Do pai, a presença (essencial = 'espermatozoidal') de participação – e não precisa mais se falar sobre o assunto. Se muitos nascem sem pais, em condições de miséria, há outros filhos de mulheres que levaram a sério a “revolução feminina”, e resolveram colocar em prática os discursos feministas.
No meio desse “samba do crioulo doido”, a família, como instituição, tem hoje diversas versões, que multiplicam-se a cada instante, para todos os gostos, ou desgostos. Há “casamento de fachada”, pra manter a imagem de família. Há filhos da mãe, que nem sonham com o nome do próprio pai. Há filhos criados pelo pai, por que a mãe fugiu de casa. Há filhos com duas mães, sem pai. Há filhos com dois pais, sem mãe. Há pai sem mãe. Há mãe sem pai. Há filhos sem pai, nem mãe. Há “pães” também. O que sei é que há, e há muita gente, em todo lugar – e, onde há gente, a gente sabe que foi feita em nome do pai, e da mãe. Um dos dois pode até negar, mas isso (ainda) não mudou: a gente continua nascendo de duas gentes, e a gente, com outra gente, vai fazendo mais gentes, neste universo de gentes – gentes tão diferentes, e tão gente. No meio desse mundaréu de gente, alguém (ainda) grita: “Tem gente!!!”
É que o nome do pai já não aparece com tanta frequência, nos registros de nascimento. Obviamente, a pesquisa não inclui os brasileirinhos que não têm certidão de nascimento – sem pai, nem mãe, literalmente, ou, melhor, judicialmente. Diante disso, eu fico – ou vou – pensando: O que pode causar a ausência de reconhecimento paterno? Tanta coisa, tanta coisa – tanta coisa eu imagino, sozinha (imagine se eu imaginasse com mais gente imaginando).
Cá entre nós, sabemos que muitas adolescentes engravidam – e ainda são expulsas de casa pelos pais, ou obrigadas a casar, quando o 'adolescente pai' é de família conhecida (e com alguma grana, obviamente). Nossa! (tradução de “uau”, em filme norte-americano) Como repetimos a história dos tataravós de nossos bisavós!... A verdade é que essas “mães impetuosas” têm filhos sem pais, na maioria das vezes.
Não vou 'baixar' aqui o moralismo que eu condeno, na prática cotidiana da minha vidinha insignificante. Acho mesmo que o velho discurso de “moça de família” etc e tal envelheceu tanto, ficou “gagá”, e um dia morreu espirrando, ou engasgado com uma casquinha de pão francês (ou era noite?).
A instituição familiar começou a mudar (se bem lembro), quando surgiu o famoso e inesquecível “desquite”. Mulher desquitada era mal-vista, mal-falada – acabava mal mesmo, em tudo, por causa da discriminação. Nunca conheci um homem mal-falado. Você conhece algum?... Apresente-me. Com o tempo, a mulher desquitada passou a ser vista como “pobre vítima da natureza” (“Vingança maligna!” hehehehehehehehehe)
Ah, mas depois evoluímos – fomos parar no “divórcio”. Aí, a 'coisa' da separação de casais virou moda. Lembro que eu tinha colegas de aula que se vangloriavam, e mantinham uma empáfia especial (e inesquecível), para dizerem: “Meus pais são desquitados”. Mas, no olhar sarcástico, elas diziam mais: “Meus pais são desquitados; os teus, não”. “De cara”, eu nunca entendi como a separação dos pais podia ser razão de troféu de orgulho, ou medalhinha de vaidade, àquelas filhas. Como meus pais morreram sem desquite, ou divórcio, acabei por não saber o que orgulhava tanto aquelas garotas.
Mas - moda vem, moda vai - agora já nem se casa mais, pra separar depois. E o Brasil, como o resto do mundo, vai somando altos percentuais de filhos da mãe. Do pai, a presença (essencial = 'espermatozoidal') de participação – e não precisa mais se falar sobre o assunto. Se muitos nascem sem pais, em condições de miséria, há outros filhos de mulheres que levaram a sério a “revolução feminina”, e resolveram colocar em prática os discursos feministas.
No meio desse “samba do crioulo doido”, a família, como instituição, tem hoje diversas versões, que multiplicam-se a cada instante, para todos os gostos, ou desgostos. Há “casamento de fachada”, pra manter a imagem de família. Há filhos da mãe, que nem sonham com o nome do próprio pai. Há filhos criados pelo pai, por que a mãe fugiu de casa. Há filhos com duas mães, sem pai. Há filhos com dois pais, sem mãe. Há pai sem mãe. Há mãe sem pai. Há filhos sem pai, nem mãe. Há “pães” também. O que sei é que há, e há muita gente, em todo lugar – e, onde há gente, a gente sabe que foi feita em nome do pai, e da mãe. Um dos dois pode até negar, mas isso (ainda) não mudou: a gente continua nascendo de duas gentes, e a gente, com outra gente, vai fazendo mais gentes, neste universo de gentes – gentes tão diferentes, e tão gente. No meio desse mundaréu de gente, alguém (ainda) grita: “Tem gente!!!”
… Sobre o que mesmo eu comecei escrevendo?... Putzzzzzzzzzzzzzzz
Ah, sim! (Oh! Não!) Eu escrevia que eu soube, há pouco tempo, por uma pesquisa divulgada, que 20% da população brasileira está nascendo sem pai. Milagre?... Nada disso. Se alguma seita religiosa, ou igreja, afirmar que é “obra do senhor”, não acredite – nem na “obra”, muito menos no “senhor”, que, no final do 'espetáculo', passa sempre a “sacolinha do dízimo”... (Você não vai querer reler esta 'merda', né? - ou vai???)
Nenhum comentário:
Postar um comentário