Quem não gosta de um joguinho, de vez em quando?... Tem um joguinho solitario, como é chamado, que me instiga. O “resta um” é conhecido por todos (lembra?). Num tabuleiro simples, você vai eliminando ‘pedrinhas’, até que reste apenas uma. O “resta um”, como todo jogo, tem lá suas regras. Faz tempo que não jogo “resta um”. Devo confessar, também, que nunca fui “expert” em joguinhos – inclusive, nos ‘joguinhos da vida’.
Vou tentar montar um “resta um”, aqui. Você me acompanha, se quiser – por sua conta e risco.
Experimente retirar todos os desconhecidos da sua vida – pessoas que você até pode vir a conhecer, mas (ainda) não conhece.
Retire, agora, os conhecidos seus – vizinhos a quem você dá bom dia, e os outros que você nem cumprimenta, gente que trabalha na empresa em que você atua, ou estuda na mesma escola que você, fisionomias que você nem fixa o olhar, nos pontos de onibus, nos cultos religiosos.
Do tabuleiro, retire as turmas de amigos – todas as turmas com quem você se diverte, vai ao teatro, ao cinema, à balada, pratica algum esporte, estuda, viaja, troca figurinhas, se reúne em velorio.
Depois disso, ainda não “resta um”. Por isso, retire os seus familiares, todos – tios, primos, avós, pais, filhos, espiritos pouco santos, todos.
Restam, ainda, alguns (quase sempre, poucos, raros) amigos. Retire, um por um – o “amigo de fé”, o “irmão camarada”, o “de todas as horas”, o “sem relogio”.
Pronto. Agora sim – “resta um”: VOCÊ. O jogo continua. A jogada é sua – intransferivelmente, sua.
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