Você pode até dizer que o tempo não passa – o tempo continua passando...
Você pode dizer que não acredita em Papai Noel – o seu presente de Natal sempre chega...
Você pode até dizer que não está procurando um amor – de repente, o amor encontra você...
Você pode até dizer que não acha graça, na vida – sempre há uma oportunidade e tanto pra gente rir da gente mesma.
Você pode dizer que as suas verdades são absolutas – há, sempre, a possibilidade de uma verdade ser atropelada por um pontinho de interrogação...
Você pode dizer que a sua vida se resume em dor e sofrimento – nem um dia é igualzinho ao outro...
Você pode até dizer que não tem fé alguma – pequenos (e lindos) ‘milagres’ acontecem, a todo instante...
Você pode dizer que não tem medo – no escuro do seu quarto, o medo pode, às vezes, ser a unica companhia...
Você pode até dizer que você sempre foi como você é, e não vai mudar – daqui a pouco, você pode não reconhecer quem enxerga no espelho...
Você pode até dizer que não quer ouvir, nem enxergar – a vida (dinamica) continua o movimento natural...
Você pode dizer que não chora – longe de tudo, de todos, lágrimas brotam, sem porquê...
Você pode dizer que nunca teve a companhia de alguém que lhe amasse incondicionalmente – cada ser humano dá o melhor que tem a quem ama, mesmo não sendo reconhecido por isso...
Você pode até dizer que já viveu tudo – a vida (nova) brota, no silencio da madrugada insone...
Você pode até dizer que as doenças lhe impedem de muita coisa – a cada dia, as escolhas borbulham, em cada vida humana...
Você pode dizer que não tem motivos para alegrar-se – pela sua janela, um passarinho canta e bate as asas, sem pensar, olhando para o céu...
Você pode dizer que é isso, ou nada disso – tudo pode ser isso, ou nada disso mesmo...
(Vou fazer uma caminhada.)
Nenhum comentário:
Postar um comentário