Você já sentiu sua liberdade na prensa? Liberdade prensada não é uma coisa legal de sentir. Por isso, por insistência de alguns “colegas”, que leram o que escrevi logo ali embaixo (O preço da liberdade de imprensa), prometi que iria rever o conceito de liberdade de imprensa. Você já notou que a palavra rever é sempre a mesma (de frente pra trás, de trás pra frente)?
(Não adianta enrolar, Narinha, prometido tem de ser cumprido. Lá vou eu tirar minha liberdade da prensa.)
Que os “colegas” me permitam, mas não vou desdizer o que escrevi ontem. Nem pretendo me reler, sob pena de ficar por ali mesmo, quando o que prometi foi seguir adiante.
O conceito de liberdade de imprensa, acredito, é bastante amplo, e ainda pode ser interpretado de N formas. Tudo depende da visão de cada um, como diz um amigo meu, ceguinho de nascença (gente boa pra caramba!).
Arrisco dizer que, senão todo mundo, a maioria dos profissionais dos meios de comunicação crê estar exercitando a mais ampla liberdade de imprensa. E continua acreditando nisso, mesmo quando aceita “molhar a mão” (putz, voltei ao que já escrevi, e não reli!). Afinal, uma graninha a mais no bolso, que seja valor irrisório, sempre vale a pena, e redigir faz parte do trabalho. Que mal tem escamotear alguma informação, destacar alguém que não vale tanto assim, mas é generoso no “molhar a mão”, né?...
Pensando bem, essa coisa de trabalhar, sempre, priorizando os princípios de ética, imparcialidade e honestidade é um ‘saco’!... Nós, os profissionais da imprensa, que adotamos essa prática, acabamos trabalhando mais, nos estressando mais, sem contar que ainda somos colocados à prova. Se decidimos trabalhar com a nossa honestidade máxima, aí sim que “o bicho pega” – o ‘chefe’ desconfia, começa ficar de olho na gente (traduzindo: 'pega no pé' pra valer, mesmo), quando não somos demitidos imediatamente.
Liberdade de imprensa é um termo ‘bonitinho’, ideal para ser usado nos eventos ‘sociais’, que reúnem um monte de gente que gosta de aparecer, e até paga por isso, para homenagear os “grandes profissionais da imprensa televisiva, falada, escrita”. Liberdade de imprensa é aquele sapato social que você guarda, há anos, como jóia rara, no armário, e só desfila com ele, quando sabe que os invejosos estão todos ao redor, e você emposta a voz, discursa, discursa, e agradece, agradece.
É isso, “colegas”, estou quase convencida de que liberdade de imprensa é coisa pra se falar, não precisa de ação alguma. No cotidiano, “a gente vai levando”, como canta o poeta... Por que a realidade grita, geme por sobrevivência, e ideais, princípios, ética, honestidade, e essa coisa toda tão séria, que decorre dessas vertentes, tudo isso junto não proporciona grana para o “leitinho das crianças”, muito menos emprego, em ‘cabide político’, ao cunhado, ou à prima. Por isso, liberdade de imprensa encaixa em discursos ‘emocionados e emocionantes’, oratórias inócuas, tudo o que causa ‘dormideira’ aos campeões de insônia.
Não pretendo mais falar (por ora, claro) sobre liberdade de imprensa, desde que minha liberdade não volte à prensa.
P.S.: Em meio a tantas conjecturas, esqueci de dizer que Papai Noel manda lembranças (está em visita à minha casa, desde o Natal), e promete não esquecer de ninguém. Já sugeri a ele, um presentinho bastante útil a alguns “colegas”: borrifador, para mãos costumeiramente “molhadas”. Quem sabe?...
(Não adianta enrolar, Narinha, prometido tem de ser cumprido. Lá vou eu tirar minha liberdade da prensa.)
Que os “colegas” me permitam, mas não vou desdizer o que escrevi ontem. Nem pretendo me reler, sob pena de ficar por ali mesmo, quando o que prometi foi seguir adiante.
O conceito de liberdade de imprensa, acredito, é bastante amplo, e ainda pode ser interpretado de N formas. Tudo depende da visão de cada um, como diz um amigo meu, ceguinho de nascença (gente boa pra caramba!).
Arrisco dizer que, senão todo mundo, a maioria dos profissionais dos meios de comunicação crê estar exercitando a mais ampla liberdade de imprensa. E continua acreditando nisso, mesmo quando aceita “molhar a mão” (putz, voltei ao que já escrevi, e não reli!). Afinal, uma graninha a mais no bolso, que seja valor irrisório, sempre vale a pena, e redigir faz parte do trabalho. Que mal tem escamotear alguma informação, destacar alguém que não vale tanto assim, mas é generoso no “molhar a mão”, né?...
Pensando bem, essa coisa de trabalhar, sempre, priorizando os princípios de ética, imparcialidade e honestidade é um ‘saco’!... Nós, os profissionais da imprensa, que adotamos essa prática, acabamos trabalhando mais, nos estressando mais, sem contar que ainda somos colocados à prova. Se decidimos trabalhar com a nossa honestidade máxima, aí sim que “o bicho pega” – o ‘chefe’ desconfia, começa ficar de olho na gente (traduzindo: 'pega no pé' pra valer, mesmo), quando não somos demitidos imediatamente.
Liberdade de imprensa é um termo ‘bonitinho’, ideal para ser usado nos eventos ‘sociais’, que reúnem um monte de gente que gosta de aparecer, e até paga por isso, para homenagear os “grandes profissionais da imprensa televisiva, falada, escrita”. Liberdade de imprensa é aquele sapato social que você guarda, há anos, como jóia rara, no armário, e só desfila com ele, quando sabe que os invejosos estão todos ao redor, e você emposta a voz, discursa, discursa, e agradece, agradece.
É isso, “colegas”, estou quase convencida de que liberdade de imprensa é coisa pra se falar, não precisa de ação alguma. No cotidiano, “a gente vai levando”, como canta o poeta... Por que a realidade grita, geme por sobrevivência, e ideais, princípios, ética, honestidade, e essa coisa toda tão séria, que decorre dessas vertentes, tudo isso junto não proporciona grana para o “leitinho das crianças”, muito menos emprego, em ‘cabide político’, ao cunhado, ou à prima. Por isso, liberdade de imprensa encaixa em discursos ‘emocionados e emocionantes’, oratórias inócuas, tudo o que causa ‘dormideira’ aos campeões de insônia.
Não pretendo mais falar (por ora, claro) sobre liberdade de imprensa, desde que minha liberdade não volte à prensa.
P.S.: Em meio a tantas conjecturas, esqueci de dizer que Papai Noel manda lembranças (está em visita à minha casa, desde o Natal), e promete não esquecer de ninguém. Já sugeri a ele, um presentinho bastante útil a alguns “colegas”: borrifador, para mãos costumeiramente “molhadas”. Quem sabe?...
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