Que tudo gira, no universo, já não é mais novidade, há muito tempo. O que algumas pessoas (ainda) não sabem é que são os planetas que giram - somente em torno do sol. Pessoas podem chamar (outras) pessoas de “sol da minha vida” (tem até musica, pra isso). Ainda assim, a vida de cada pessoa (que diz isso) não gira em torno daquele “sol”. Não se vive em razão de um só alguém. Até por que, se fosse assim, cada ser humano viveria “girando” em torno de si mesmo. E só.
Pessoalmente, tudo o que gira já não me anima. Uma labirintite me impede de qualquer animo neste sentido – nem girar, nem ser girada. Além de estar impedida (pela labirintite) de ficar girando, também, eu não suportaria conviver com um ‘mosquito’ girando em torno de mim. Eu morreria tonta. Não sei viver em função de um só alguém, nem suportaria ser a unica razão de viver de alguém. Não é justificativa – é mero segredo revelado.
Visto por outro angulo (estrabico), quem pensa que o universo gira em torno de si deve ter uma autoestima e tanto. Imagine você imaginar que tudo o que acontece é pra você, em função de você, por causa da tua existencia. Se assim fosse, tudo morreria com a tua morte, acabando com a natureza da vida: uma morte de cada vez. Mas não. A vida continua (até a morte, por que mais não sei). O universo gira, enquanto movimentos peristalticos fazem tudo girar no dentro de cada um de nós.
Ah, em tempo: Depois de você ter me lido até aqui, se nos conhecemos, por favor, não venha me perguntar se foi em tua ‘homenagem’ que escrevi isso tudo. Seria reduzir o que penso, e o que penso não tem nome, muito menos RG, CPF, endereço, carnê das Casas Bahia, ou qualquer outra coisa. Quando cito alguém especificamente - escrevendo sobre, ou para -, costumo dar nome ao alvo (que é sempre publico).
O que faço aqui é relatar o que penso, no momento, sobre fatos do meu cotidiano mediocre – coisinha insignificante, mais ainda, se comparada ao movimento uniforme dos planetas. Que os planetas continuem girando, já que os intestinos (ainda) não cumprem totalmente a função que lhes cabe, pois (que pena!) não liberam o que temos em excesso nos pensamentos - inclusive, o que acabei de escrever...
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