Desde sempre, sobrevivo das palavras. Profissionalmente, continuo entrevistando muita e toda gente. Volta e meia, ou meia volta, alguém me pergunta algo pessoal, e eu saio sempre pela tangente, na maioria das vezes, lançando uma outra pergunta no ar, sem responder coisa alguma. Pensando nisso é que resolvi colocar aqui alguns pontinhos de interrogação que recebi – respondo-os agora, com alguns seculos de atraso.
O que mais admira numa pessoa?
O exercicio de ser humano.
Uma saudade:
Meu pai, não por que morreu, mas por que me ensinou sobre viver.
Livros de cabeceira:
Clarice Lispector e Fernando Pessoa – sempre de mãos dadas comigo, na escuridão.
Uma duvida:
Todas as duvidas.
Um lugar:
Qualquer lugar.
Prato predileto:
Arroz, feijão, ovo frito e couve.
Uma certeza:
A certeza de que não há certeza alguma.
Uma companhia:
A que aceita a minha companhia.
Sobre a morte:
Faz parte (ainda não sei de quê).
Um livro:
Muitos, todos que releio.
Uma canção:
Dia Branco (Geraldo Azevedo/Renato Rocha)
Um sonho:
O unico segredo.
Se sente bem resolvida?
Nem bem, nem mal resolvida.
Uma coragem:
Viver.
Uma alegria:
Não pensar. É quando descanso a alma.
Um perfume:
Sou alergica, mas gosto de brisa, cheiro de mata fechada.
Um toque:
As veias grossas das mãos de meu pai.
Uma voz:
De uma menina que canta e brinca na minha alma.
Um olhar:
Quando não há necessidade de palavras.
Uma tristeza:
Pensar.
Um momento:
Aqui. Agora.
Um segredo:
Um sonho unico.
Amizade:
Sem fim, nem fins.
Uma viagem:
Todas que faço, sem bagagem, sem passaporte.
Um projeto:
Continuar tentando concretizar algum projeto.
O que admira em você?
Eu (ainda e sempre) acreditar – de fato – no impossível.
Uma descoberta:
Ainda que eu não saiba receber, é melhor ser amada, que odiada.
Um País:
Brasil – sempre -, com amor acalentado também à África.
Uma palavra:
A palavra genuína – sem interpretações.
Um desejo:
Que eu ainda consiga ser plenamente coerente com o que penso e faço.
Um medo:
Todos os medos.
O que costuma fazer, antes de pegar no sono?
Ler, e dormir com canções.
Sobre a vida:
Qualquer coisa que ainda me instiga, e eu não compreendo.
Como prefere ser enxergada:
Alguém que se alimenta do impossível.
O que vale a pena?
Acreditar – sempre.
Campo, praia, ou montanha?
Uma rede – em qualquer lugar.
O que mudaria em você?
Se eu mudasse, já não seria mais eu – eu, que nem sei quem sou.
Mar:
Fascinio.
Terra:
Limite.
Céu:
Nuvens.
Fé:
Crer em si mesmo.
Arte:
Vida.
Familia:
Ninho.
Um idolo:
Sem mitificações.
Uma bebida:
Coca-cola – sempre.
O que te chateia?
Fofoca.
O teu primeiro pensamento, quando acorda:
Calma, calminha!
O que não vale a pena?
Desistir de um sonho.
Dia ou noite?
Madrugada.
O que te anima?
Admirar as nuvens.
Amanhã será...
Amanhã.
Ontem foi...
Ontem.
Amor:
Tudo – em tudo.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário