Francês: indifférence;
Alemão: Gleichgültigkeit;
Espanhol: indiferencia;
Russo: равнодушие;
Japonês: 無関心;
Italiano: indifferenza;
Inglês: indifference;
Chinês: 冷漠;
Grego: αδιαφορία;
Português: indiferença.
Não importa o idioma, indiferença é sempre a mesma ‘merda’, por que distancia, mais ainda, as pessoas. O ‘status quo’ do nosso tempo perpassa pela indiferença. E não há quem não cometa um ato de indiferença, e/ou não seja vítima da mesma ‘merda’.
Indiferença é você não ouvir, não responder, seja lá quem for. É não dar atenção. É não se importar com o outro. É passar pelo cotidiano, como quem flutua num jardim de nuvens, e desconhece o chão firme. É não querer envolver-se. É negar-se a compartilhar sentimentos, sejam quais forem – vitória, dor, alegria, luto, revolta, etc.
Querem um exemplo mais recente de indiferença? É o que ficou evidente no amontoado de repórteres em torno da ministra Dilma Roussef, quando ela saía do hospital, após tratamento de quimioterapia. Os ‘ávidos repórteres’ não pareciam estar diante de um ser humano, mas sim, uma mera imagem política de destaque. A ministra aparentava desgaste físico, esforçando-se em atender até as perguntas mais idiotas: “Quando a senhora retorna a Brasília?” “Quando será a próxima sessão de quimioterapia?” “Vai mudar alguma coisa, na sua rotina de trabalho?” Será que é isso que importa aos leitores/espectadores/radiouvintes? Sei lá, mas eu, que também sou leitora, espectadora e pouco radiouvinte, sem ser indiferente à doença da ministra, não vejo necessidade, nesse caso, de os meus ‘colegas’ ficarem “enchendo linguiça” (ocupando tempo/espaço), como costumamos dizer, invadindo a privacidade de uma personalidade em tratamento.
Mas a maior indiferença não é cometida, a meu ver, através das janelas da televisão, do rádio, do jornal. Não. Ainda tem coisa pior, gente, e todo mundo sabe disso, por que sofre cotidianamente, de um jeito, ou de outro.
Uma cena comum, em via pública. Alguém tropeça, cai. Pode observar, nem sempre todas as pessoas próximas socorrem a vítima da queda. Alguns saem de ‘fininho’, outros atravessam a rua, para ‘admirar’ a cena de longe, e quase sempre há aqueles que nem tomam conhecimento do que aconteceu, diante do próprio nariz. Por sorte (da vítima), sempre existe algum “bom coração”, que, num ímpeto de abandono da indiferença, ajuda a criatura levantar-se, se coloca à disposição para encaminhá-la ao P.S., quando necessário, enfim, torna-se humano, correspondendo ao que todos nós imaginamos “ser humano”.
Lembro agora que, há muito tempo atrás, uma amiga terapeuta começou a atender uma criança vítima de maus tratos causados pela mãe. Sensibilizada, minha amiga buscou saber quem era a mãe, onde morava, para atenuar aquela situação terrível. “A mãe da criança espancada era a babá dos meus filhos”, contou-me aos prantos. Até então, minha amiga era indiferente à criatura que cuidava dos filhos dela. Ela mesma reconheceu, depois, que “nunca quis me meter na vida dela, saber como vivia”. Aliás, “respeito à privacidade” é a justificativa mais cabível à indiferença, o ‘cartão vip’. Sempre funciona.
A indiferença tem ditado mais leis que qualquer governante. O que é pior: não há “jeitinho brasileiro” que nos tire dessa bola de ‘merda’. Entre pensar em mim e pensar no outro, claro que eu penso em mim, só em mim. Ah, sempre justifico que minha atitude não é de indiferença; a indiferença existe, sim – sempre no outro em relação a mim. É comportamento comum. Por isso, aceitável na “sociedade”.
Outro exemplo? Duvido que você nunca tenha assistido (ou protagonizado) esta cena:
- Meu amigo, preciso da tua ajuda...
- Quanto?...
(E se não for dinheiro? E se for pra desabafar, chorar no ombro, ou simplesmente jogar conversa fora? Será que a indiferença do “amigo” vai se render a um abraço?)
Acredite se puder, levei tempo (da minha vida) concatenando essa ‘merda’ toda na cabeça, pra livrar-me dela aqui. Se possível, não seja indiferente ao que você acabou de ler, que pode até não ser o que escrevi. Mas você leu alguma coisa.
Alemão: Gleichgültigkeit;
Espanhol: indiferencia;
Russo: равнодушие;
Japonês: 無関心;
Italiano: indifferenza;
Inglês: indifference;
Chinês: 冷漠;
Grego: αδιαφορία;
Português: indiferença.
Não importa o idioma, indiferença é sempre a mesma ‘merda’, por que distancia, mais ainda, as pessoas. O ‘status quo’ do nosso tempo perpassa pela indiferença. E não há quem não cometa um ato de indiferença, e/ou não seja vítima da mesma ‘merda’.
Indiferença é você não ouvir, não responder, seja lá quem for. É não dar atenção. É não se importar com o outro. É passar pelo cotidiano, como quem flutua num jardim de nuvens, e desconhece o chão firme. É não querer envolver-se. É negar-se a compartilhar sentimentos, sejam quais forem – vitória, dor, alegria, luto, revolta, etc.
Querem um exemplo mais recente de indiferença? É o que ficou evidente no amontoado de repórteres em torno da ministra Dilma Roussef, quando ela saía do hospital, após tratamento de quimioterapia. Os ‘ávidos repórteres’ não pareciam estar diante de um ser humano, mas sim, uma mera imagem política de destaque. A ministra aparentava desgaste físico, esforçando-se em atender até as perguntas mais idiotas: “Quando a senhora retorna a Brasília?” “Quando será a próxima sessão de quimioterapia?” “Vai mudar alguma coisa, na sua rotina de trabalho?” Será que é isso que importa aos leitores/espectadores/radiouvintes? Sei lá, mas eu, que também sou leitora, espectadora e pouco radiouvinte, sem ser indiferente à doença da ministra, não vejo necessidade, nesse caso, de os meus ‘colegas’ ficarem “enchendo linguiça” (ocupando tempo/espaço), como costumamos dizer, invadindo a privacidade de uma personalidade em tratamento.
Mas a maior indiferença não é cometida, a meu ver, através das janelas da televisão, do rádio, do jornal. Não. Ainda tem coisa pior, gente, e todo mundo sabe disso, por que sofre cotidianamente, de um jeito, ou de outro.
Uma cena comum, em via pública. Alguém tropeça, cai. Pode observar, nem sempre todas as pessoas próximas socorrem a vítima da queda. Alguns saem de ‘fininho’, outros atravessam a rua, para ‘admirar’ a cena de longe, e quase sempre há aqueles que nem tomam conhecimento do que aconteceu, diante do próprio nariz. Por sorte (da vítima), sempre existe algum “bom coração”, que, num ímpeto de abandono da indiferença, ajuda a criatura levantar-se, se coloca à disposição para encaminhá-la ao P.S., quando necessário, enfim, torna-se humano, correspondendo ao que todos nós imaginamos “ser humano”.
Lembro agora que, há muito tempo atrás, uma amiga terapeuta começou a atender uma criança vítima de maus tratos causados pela mãe. Sensibilizada, minha amiga buscou saber quem era a mãe, onde morava, para atenuar aquela situação terrível. “A mãe da criança espancada era a babá dos meus filhos”, contou-me aos prantos. Até então, minha amiga era indiferente à criatura que cuidava dos filhos dela. Ela mesma reconheceu, depois, que “nunca quis me meter na vida dela, saber como vivia”. Aliás, “respeito à privacidade” é a justificativa mais cabível à indiferença, o ‘cartão vip’. Sempre funciona.
A indiferença tem ditado mais leis que qualquer governante. O que é pior: não há “jeitinho brasileiro” que nos tire dessa bola de ‘merda’. Entre pensar em mim e pensar no outro, claro que eu penso em mim, só em mim. Ah, sempre justifico que minha atitude não é de indiferença; a indiferença existe, sim – sempre no outro em relação a mim. É comportamento comum. Por isso, aceitável na “sociedade”.
Outro exemplo? Duvido que você nunca tenha assistido (ou protagonizado) esta cena:
- Meu amigo, preciso da tua ajuda...
- Quanto?...
(E se não for dinheiro? E se for pra desabafar, chorar no ombro, ou simplesmente jogar conversa fora? Será que a indiferença do “amigo” vai se render a um abraço?)
Acredite se puder, levei tempo (da minha vida) concatenando essa ‘merda’ toda na cabeça, pra livrar-me dela aqui. Se possível, não seja indiferente ao que você acabou de ler, que pode até não ser o que escrevi. Mas você leu alguma coisa.
afiadíssima!
ResponderExcluiro que não dá é ficar indiferente, não é?!
;)
huahuahua... tem mais Nara França nisso...
ResponderExcluire menos indiferença...
dá pra ser duas (ou mais), sendo fundamentalmente uma... é só ousar e experimentar ;)
'tendeu' ? rsrs
Gostei.
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