Gelo é gelo. Peixe é peixe.
Não entendeu? Nem eu – ainda.
Imagine você comprar corvinas bem nutridas, para receber uma meia dúzia de amigos. Imaginou?... Agora, vá além da imaginação, e imagine que, quando você retira as travessas do forno, há míseras sardinhas no lugar. Imaginou?... Pois é, o que parece ser coisa de mágico, ou estória de pescador, pode tornar-se realidade, se as corvinas forem compradas beeeeeeem longe do litoral – traduzindo: congeladas várias vezes.
Por acreditar na saúde do peixe (mais ainda pelo sabor leve), sempre mantenho, no cardápio familiar, alguma espécie. A ‘merda’ é que não moro à beira-mar, nem à ‘beira-rio’. A opção é buscar, nos açougues de mercados, aqueles peixes congelados pelo tempo. Além de não serem frescos, são vendidos no meio de tanto gelo, que eu questiono qual pesa mais – o gelo, ou o peixe. Mas acabo comprando, do mesmo jeito, apesar de saber que, diante do mínimo calor, o ‘falecido’, pobre coitado, emerge, do gelo derretido, mais minguado do que nunca.
Sinceramente, acho uma aberração os consumidores terem de pagar pelo peso do gelo embutido no peixe. Pode observar, não há qualquer referência, nas embalagens ‘piscianas’, de: peso bruto, peso líquido. Aliás, se houvesse peso líquido, seria mais honesto, pois ficaria provado que a água (antes de ser congelada) teria sido pesada (mesmo leve) – ou não?...
É muita ‘enrolação’ pra minha cabeça, mas, teimosa que sou, não desisto...
Quem não mora no litoral, nem tem vizinho com rio, ou açude, sabe o que estou tentando manifestar aqui. Não adianta, gente, o peixe congelado, que a gente compra, custa bem mais caro do que vale, se “vale quanto pesa”. A impressão que eu tenho, quando levo um desses peixes congelados pra casa, é de que estou pagando pelo “pedigree” do peixe, ou seja, custos de nascimento, vida e morte, com direito a funeral de primeira. Por que não há ofertas e promoções de peixes, ou pelo menos o ‘divórcio’ do peixe com o gelo. O que o mercado oferece é cada vez mais gelo, e, de brinde, peixe como recheio, quase sempre desnutrido.
Não considero que o preço do peixe em si seja caro (quem ganha pouco é o pescador, e o peixe vale mais morto e congelado). Absolutamente. Só acho que deveriam cobrar, na pesagem, pelo peixe, não pelo gelo, que derrete algum tempo depois. Cá entre nós, depois de tanto tempo congelado, até o pobre peixe também derrete, e a moqueca acaba servida com pirão mesmo, por que não há outro jeito.
Nem perco mais tempo com os comerciantes, que, na tentativa recursiva de explicar “o que que acontece”, acabam sempre puxando o melhor peixe para o assado deles. Amigos do Procon me informam que algumas indústrias ‘piscianas’ já foram autuadas, para estipularem, visivelmente, na embalagem dos ‘bichinhos’, o peso real da carne, não do gelo acrescido. Só que nem sempre os peixinhos passam por uma “indústria legal”, e acabamos não resistindo ao congelado, sem verificarmos a procedência, nos mercados da vida.
Por fim, deixa te contar que, aqui no sul do nosso ‘Brasilzão’, muitas famílias se sustentam, com a criação de peixes (Carpa, na maioria das vezes), em açudes. Até aí, tudo bem, né?... Mas o que a maioria dos consumidores ignora é que os inocentes peixinhos são criados à base de uma alimentação, na minha opinião, ‘sui generis’: toda a ‘merda’ defecada por suínos, que vivem em chiqueiros, propositadamente instalados em cima dos açudes. Há rios brasileiros (a maioria) com sinônimo: “esgoto a céu aberto”. É tanta merda, que os peixes acabam se empaturrando, e depois morrem – satisfeitos. “Imagine se “essa moda pega”, e alguém mais resolve levar o ‘experimento’ adiante, com criação de outros animais de consumo humano (bois e galinhas, por exemplo), alimentados por fezes humanas (o singular de fezes será ‘fez’?)...
Vou parar por aqui, antes que você pense demais (ou de menos), e, comece a olhar com desconfiança (quem sabe?) pra carne suculenta (e indefesa) sobre a mesa, na hora da refeição... Bom apetite!...
Não entendeu? Nem eu – ainda.
Imagine você comprar corvinas bem nutridas, para receber uma meia dúzia de amigos. Imaginou?... Agora, vá além da imaginação, e imagine que, quando você retira as travessas do forno, há míseras sardinhas no lugar. Imaginou?... Pois é, o que parece ser coisa de mágico, ou estória de pescador, pode tornar-se realidade, se as corvinas forem compradas beeeeeeem longe do litoral – traduzindo: congeladas várias vezes.
Por acreditar na saúde do peixe (mais ainda pelo sabor leve), sempre mantenho, no cardápio familiar, alguma espécie. A ‘merda’ é que não moro à beira-mar, nem à ‘beira-rio’. A opção é buscar, nos açougues de mercados, aqueles peixes congelados pelo tempo. Além de não serem frescos, são vendidos no meio de tanto gelo, que eu questiono qual pesa mais – o gelo, ou o peixe. Mas acabo comprando, do mesmo jeito, apesar de saber que, diante do mínimo calor, o ‘falecido’, pobre coitado, emerge, do gelo derretido, mais minguado do que nunca.
Sinceramente, acho uma aberração os consumidores terem de pagar pelo peso do gelo embutido no peixe. Pode observar, não há qualquer referência, nas embalagens ‘piscianas’, de: peso bruto, peso líquido. Aliás, se houvesse peso líquido, seria mais honesto, pois ficaria provado que a água (antes de ser congelada) teria sido pesada (mesmo leve) – ou não?...
É muita ‘enrolação’ pra minha cabeça, mas, teimosa que sou, não desisto...
Quem não mora no litoral, nem tem vizinho com rio, ou açude, sabe o que estou tentando manifestar aqui. Não adianta, gente, o peixe congelado, que a gente compra, custa bem mais caro do que vale, se “vale quanto pesa”. A impressão que eu tenho, quando levo um desses peixes congelados pra casa, é de que estou pagando pelo “pedigree” do peixe, ou seja, custos de nascimento, vida e morte, com direito a funeral de primeira. Por que não há ofertas e promoções de peixes, ou pelo menos o ‘divórcio’ do peixe com o gelo. O que o mercado oferece é cada vez mais gelo, e, de brinde, peixe como recheio, quase sempre desnutrido.
Não considero que o preço do peixe em si seja caro (quem ganha pouco é o pescador, e o peixe vale mais morto e congelado). Absolutamente. Só acho que deveriam cobrar, na pesagem, pelo peixe, não pelo gelo, que derrete algum tempo depois. Cá entre nós, depois de tanto tempo congelado, até o pobre peixe também derrete, e a moqueca acaba servida com pirão mesmo, por que não há outro jeito.
Nem perco mais tempo com os comerciantes, que, na tentativa recursiva de explicar “o que que acontece”, acabam sempre puxando o melhor peixe para o assado deles. Amigos do Procon me informam que algumas indústrias ‘piscianas’ já foram autuadas, para estipularem, visivelmente, na embalagem dos ‘bichinhos’, o peso real da carne, não do gelo acrescido. Só que nem sempre os peixinhos passam por uma “indústria legal”, e acabamos não resistindo ao congelado, sem verificarmos a procedência, nos mercados da vida.
Por fim, deixa te contar que, aqui no sul do nosso ‘Brasilzão’, muitas famílias se sustentam, com a criação de peixes (Carpa, na maioria das vezes), em açudes. Até aí, tudo bem, né?... Mas o que a maioria dos consumidores ignora é que os inocentes peixinhos são criados à base de uma alimentação, na minha opinião, ‘sui generis’: toda a ‘merda’ defecada por suínos, que vivem em chiqueiros, propositadamente instalados em cima dos açudes. Há rios brasileiros (a maioria) com sinônimo: “esgoto a céu aberto”. É tanta merda, que os peixes acabam se empaturrando, e depois morrem – satisfeitos. “Imagine se “essa moda pega”, e alguém mais resolve levar o ‘experimento’ adiante, com criação de outros animais de consumo humano (bois e galinhas, por exemplo), alimentados por fezes humanas (o singular de fezes será ‘fez’?)...
Vou parar por aqui, antes que você pense demais (ou de menos), e, comece a olhar com desconfiança (quem sabe?) pra carne suculenta (e indefesa) sobre a mesa, na hora da refeição... Bom apetite!...
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